
Pois bem, finalmente decifrei o sonho da mulher morta. Surpresa! Sim, em que pesem todas as situações e conexões que se faz sozinha. Recebi ajuda, pontual, da amiga-terapeuta D. Margarete, como sempre, disposta e entender e ajudar. E eis que a mulher morta não era eu... assim compreendi. Eu resto viva e no momento do sonho já o estava. A morta era outra, o cemitério era outro, o jazigo-casa, outro. E o cuidador optou por cuidar dos mortos e mortas da família. Eis a minha surpresa. Não sei por que, mas são poucos os que conseguem fugir do legado imposto pela família. Há que ser muito forte. Não é o caso. E parei de lamentar, afinal eu era/sou o bicho estranho, não cabia naquele povo-cemitério, me violentava ao entrar lá. Hoje sei, antes não, e o sonho me ajudou. Diz Jung que o sonho é porta do lado obscuro, o pórtico, o portão. Como na foto que escolhi na primeira postagem, sem saber. Há que se ter algum cuidado com o que se entrevê pelo portão, porque dele emergem a ânima e a sombra, arquétipos crepusculares. E um ser possuído pela sombra está postado em sua própria luz, caindo em suas próprias armadilhas. Deus me livre...