quarta-feira, 23 de maio de 2007

melhoras

Como tive três comentários na minha última postagem, resolvi escrever... sinal que alguém lê, logo pressupõe autorização para devanear.

E escrevo daqui, da crisálida, acho que, ainda saindo dela, sempre a terei como referência, lugar de retorno, eterno, pero não constante, no futuro, digo.

A crisálida se reveste de cores, ainda que lá fora se prenuncie o inverno. Explico: poesia... quem não se rende? E tenho me deleitado com ela. Seja descobrindo novos e pops poetas, leia-se Ana Carolina, que sempre impliquei, eis que descobri mais poeta que cantora. Seja o Quintaninha, como dizia Bandeira "não são, Quintana, cantares. São, Quintana, quintanares...", na linguagem do teatro, em bela peça. Adorei o "nasci, e acho que foi a coisa mais importante que me aconteceu". Belas surpresas que a minha pequena cidade reserva, ainda que muito esporadicamente. Também a possibilidade de rever velhos sonhadores, contatos de outras eras, poetas também de atitudes. E Saramago, de corpo presente na minha sala em entrevista à televisão. Reclamando da censura ao seu Evangelho em Portugal, me fez ver a posição de um aluno que produziu o poético rap do "Jesus negão, Jesus negão" (Jesus é o cara, é muito legalzão e só não veio hoje, porque tá pregadão, Jesus negão, Jesus negão) o que causou um certo receio de expor em escola católica. Ainda, né? Quem imaginaria, em tempos de liberdade e democracia. Enfim, a poesia liberta e vivas ao meu aluno querido...

E sigo descobrindo vãos, frestas, onde a poesia se infiltra e espia, retomo cds que já não tinha mais e novoas, frutos de escolhas agora conscientes, filmes, até o Dumbo da Disney, que eu assisto empolgada, enquanto minha filha diz: "não qué fante, não qué fante"...



Da crisálida, em paz. E esperando que mais se rendam à poesia, à estesia e reinventem-se... Quem sabe?

Um comentário:

Anônimo disse...

http://br.youtube.com/watch?v=NKbAQjAGZj8